quarta-feira, 23 de julho de 2014

Edital de concurso da polícia na Bahia exige comprovante de virgindade



Um edital da Polícia Civil da Bahia que exige a comprovação de virgindade para 
candidatas a delegada, escrivã e investigadora causou polêmica e virou alvo 
de protesto no Estado. A seção baiana da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) 
divulgou uma nota de repúdio nesta quarta-feira (13) contra o edital.

O motivo é um item do edital que libera mulheres "com hímen integro" de passar 
por "avaliação ginecológica detalhada, contendo os exames de colposcopia, citologia
 e microflora". Para isso, porém, as postulantes terão de comprovar serem virgens
 por meio de de atestado médico, com assinatura, carimbo eregistro profissional
 do médico em questão.

A OAB contesta a exigência. "Exigir que as mulheres se submetam a tamanho
 constrangimento é, no mínimo, discriminatório, uma vez que não tem qualquer
 relação com as atribuições do cargo, além de tornar mais oneroso o concurso
 para as candidatas do gênero feminino", diz o texto da Comissão de Proteção
 aos Direitos da Mulher da entidade.


A nota ainda fala em violação ao chamado princípio da dignidade da pessoa
 humana, previsto pela Constituição brasileira, e à "intimidade, vida privada, honra
 e imagem". Procurada pela Folha, a Secretaria de Administraçãobaiana disse que
 a situação é recorrente em "vários concursos públicos realizados no país". E
 que "não se configura uma cláusula restritiva, mas sim uma alternativa para
 as mulheres que, porventura, queiram se recusar a realizar os exames citados
 no edital". O certame dará 600 vagas, com salários de R$ 1.558,89 a R$ 9.155,28. 

Informações Bol

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