“Se depender do meu voto,
você será governador de Pernambuco”. Foram com essas palavras que o
ex-presidente Lula (PT) dedicou grande parte do seu discurso durante plenária
da coligação Juntos por Pernambuco que está sendo realizada na noite desta
sexta-feira (13), na Blue Angel, no Derby. “Armando tem história e nunca deixou
de ser um brasileiro comprometido com o Brasil. Mas eu não voto aqui, mas se
depender do meu pedido, você também será governador deste estado”, complementou
Lula.
Como já é de praxe, Lula
comparou os governos do PT com as antigas gestões, especificamente as do PSDB.
“Vim aqui para ter uma conversa franca. Uma conversa pura sobre o que esperamos
dessa eleição. Parece que algumas pessoas estão incomodadas com as mudanças que
ocorrem no País. Algumas pessoas nasceram com o complexo vira-lata e nunca
acreditaram que esse País poderia ser melhor. A ascensão de camadas mais pobres
da população incomoda alguns. Em 100 anos as elites levaram três milhões de
brasileiros às universidades. Nós, em 11 anos, conseguimos bater a mesma
marca”, discursou.
Ciente das dificuldades que
os aliados encontrarão durante o período eleitoral, Lula pediu que a militância
esteja engajada e afinada. “Temos que devolver cada meia palavra com uma
palavra inteira”, alertou o petista.
VAIAS
Lula também foi outro que se
solidarizou com a presidente da República após as vaias que a mesma sofreu na
estreia do Brasil na Copa do Mundo, em São Paulo. “Dilma, você viu que no
estádio não tinha ninguém com cara de pobre, a não ser você [risos]. Não tinha
ninguém de cor, nenhum moreninho. Descobri ontem que respeito e educação não se
aprende na escola, mas em casa. Duvido que algum trabalhador faria aquilo.
O ex-presidente ainda
centrou fogo na Imprensa. “Uma cretinice alimentada por parte da Imprensa.
Essas mesmas pessoas que diziam que a Copa não ia funcionar devem ser doido. O
que vimos ontem foi totalmente diferente”, disse, fazendo referência as vaias
que sofreu na abertura dos jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. “O
setor de inteligência do meu governo, na época, descobriu que as vaias que
recebi na abertura foram orquestrada por César Maia.
OPOSIÇÃO
O petista também criticou a
postura dos pré-candidatos à Presidência da República – Eduardo Campos (PSB) e
Aécio Neves (PSDB). “Eles dizem que precisam fazer coisa nova, mas não dizem o
que é. Essa campanha corre o risco de ser uma campanha violenta em que a elite
brasileira está conseguindo despertar o ódio de classes. Se ofenderem a Dilma
vão está oferecendo a cada um de nós. Não é um projeto dela, é o nosso projeto.
Essa briga é nossa e não só dela”, disse.
Sobre Eduardo Campos, Lula
avisou que deu a ele o mesmo tratamento que deu ao ex-governador Jarbas
Vasconcelos. “Não fiz o que FHC fez com o avô dele [Miguel Arraes]. Tinha o
compromisso de deixar o Nordeste de cabeça erguida. Eles não sabem o que nós faremos
democraticamente para te eleger”, concluiu.
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